Comumente sou deparada com essa pergunta: “Devo voltar a trabalhar?” (…) Parece que a dúvida aqui é dual, sim ou não, mãe ou profissional, mas será que tem que ser assim mesmo? Será que não existe uma alternativa “e”?
O mundo atual leva as mães a acreditarem que ser mãe é fim de carreira, mas a maternidade não põe um ponto final aos seus sonhos ou metas profissionais. Isso porque o mercado de trabalho encara a mulher com filho sinônimo de baixo desempenho e como se não bastasse dentro de nossas próprias casas enfrentamos o preconceito oposto, pessoas que acreditam que o papel da mulher é cuidar dos filhos 24 horas por dia, e isso pode acabar atrapalhando cada vez mais suas carreiras.
Sem contar com políticas publicas adequadas e com falta de ajuda paterna na criação dos filhos, trabalhar e continuar focada em sua carreira pode ser um desafio para a mulher e apesar das coisas se tornarem mais difíceis, ser uma mãe que trabalha pode ser bom tanto para a mulher quanto para a criança.
Um dado do IBGE de 2021, mostra que 54,6% das mulheres de 25 a 49 anos, são mães de crianças de até 3 anos, estão empregadas. E apesar de estarmos falando de um pouco mais da metade das mulheres, nossa proposta ainda se mantem, ou seja, a dualidade permanece.
Não quero aqui entrar em uma discussão sexista e bla bla bla, mas fato é que em uma pesquisa da Harris School of Public Policy at the University de Chicago 35% das mães afirmaram que fazem mais do que seus parceiros quando se trata de cuidados domésticos e 47% das mulheres afirmam que ter filhos é um obstáculo para desenvolvimento de sua profissão.
Mas então, qual é a solução?
Sem querer ser simplista e ampliando um pouco a dualidade dessa resposta proponho algumas dicas práticas:
Renata Schaefer Moura
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